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sexta-feira, 1 de julho de 2016

8 descobertas científicas que mostram que a teoria de Darwin é correta

Você pode não estar pessoalmente convencido da realidade da evolução, mas é um fato que há uma abundância de evidências para apoiar a teoria da seleção natural. Confira algumas das descobertas científicas mais importantes que apoiam o pensamento da Teoria de Darwin:

DNA
Uma das coisas mais notáveis sobre “A Origem das Espécies” de Charles Darwin é que ele articulou sua teoria sem saber o mecanismo exato pelo qual a variação genética ocorria. Só na década de 1950 que Watson e Crick descobriram o DNA, e os biólogos evolucionistas finalmente tiveram a resposta.

O advento da genética é a coisa mais importante que aconteceu no estudo da biologia evolutiva desde a teoria de Darwin (não podemos deixar de mencionar Gregor Mendel, que abriu um excelente caminho com sua descoberta das leis fundamentais da herança).
Como o DNA é universal a toda vida, sua presença sugere fortemente que todas as criaturas da Terra evoluíram de um ancestral comum. Ele também explica como a proliferação de mutações genéticas (essencialmente erros de cópia), combinada com os processos de seleção natural, permitem a evolução. Em última análise, o DNA é o motor que impulsiona a mudança.

Fósseis de transição
Espécies vêm e vão, mas a vida continua. Esta é a lição essencial da extensa coleção fóssil que remonta 3,8 bilhões de anos.

Os fósseis são uma cadeia de continuidade utilizada por biólogos evolucionistas para estudar as diversas progressões feitas por espécies conforme elas mudam ao longo do tempo. Os chamados “fósseis de transição” fornecem evidências de “elos perdidos” entre duas espécies diferentes, mostrando traços de ambas, embora isso não seja necessariamente evidência de descendência direta.

Do início da vida como células procariotas unicelulares até a explosão cambriana e o surgimento de dinossauros e mamíferos, a vida é uma história de adaptação contínua. Cada avanço evolutivo pode ser explicado. Por exemplo, alguns criacionistas argumentam que os evolucionistas não podem identificar elos perdidos entre répteis e aves. Não é o caso.

Na verdade, os paleontólogos conhecem muitos exemplos detalhados de fósseis intermediários entre vários grupos taxonômicos. Um dos mais famosos fósseis de todos os tempos é o Archaeopteryx, que combina penas e estruturas ósseas peculiares a pássaros com características de dinossauros. Há também fósseis que medem a evolução dos cavalos modernos a partir do minúsculo Eohippus. Baleias tinham ancestrais quadrúpedes que andavam sobre terra, e criaturas conhecidas como Ambulocetus e Rodhocetus ajudaram a fazer essa transição. Conchas fósseis traçam a evolução de vários moluscos através de milhões de anos. Talvez 20 ou mais hominídeos (nem todos nossos ancestrais) preenchem a lacuna entre os australopitecos e humanos modernos.

As mutações fortuitas têm alimentado um processo de tentativa e erro que têm produzido mudanças graduais e dramáticas em muitas espécies ao longo de eras. Algumas ramificações evolutivas funcionaram por um tempo, mas circunstâncias ruins – tais como condições ambientais difíceis ou a introdução de uma espécie rival – levaram a extinções (por exemplo, os mamutes lanosos e os tigres dente de sabre).

Outros ramos se mostraram mais resistentes, permitindo que as espécies continuassem em novas direções (aves, como um ramo dos dinossauros, são um excelente exemplo). E ainda algumas espécies, tais como cianobactérias, celacantos e crocodilos, quase não mudaram, mostrando que a evolução não conserta o que não está quebrado.

Descobertas de fósseis também mostram a interligação das espécies ao longo do tempo. Um grande exemplo é a recente descoberta de Archaeornithura meemannae (foto acima), o mais antigo conhecido membro de um ramo evolutivo que inclui todas as aves vivas. Esta criatura preenche uma lacuna evolutiva importante.

Traços iguais a antepassados comuns reforçam a teoria de Darwin
Normalmente, os biólogos evolucionistas gostam de apontar as diferenças entre as espécies conforme elas se ramificam de ancestrais comuns, mas também é possível identificar as características que permanecem comuns a ambos. Isso tem o duplo objetivo de mostrar a evolução em ação, e as maneiras sutis em que a especiação pode ocorrer.

Por exemplo, a forma e a estrutura (morfologia) dos cervos, alces, cavalos e zebras são muito semelhantes. Não surpreendentemente, eles compartilham um ancestral comum. Da mesma forma, gaivotas e pelicanos são semelhantes em aparência, comportamento e DNA. Novamente, eles compartilham um ancestral comum, a partir do qual se ramificaram de maneiras pequenas, mas importantes. Da mesma forma, o Homo sapiens e oHomo neanderthalensis eram mais parecidos do que diferentes, ramificando-se a partir da árvore evolutiva muito recentemente na história.

Como Darwin apontou há 150 anos, essas características comuns fornecem dados incontestáveis em favor da evolução, mostrando as maneiras pelas quais as espécies divergem quando as circunstâncias mudam.

Traços vestigiais
Um dos argumentos mais convincentes em favor da evolução é a presença de características vestigiais, traços físicos que gradualmente estão “sumindo” do perfil genético de um organismo. A maioria destes traços são benignos.

Eles são conhecidos como “bagagem evolutiva” porque mostram como a espécie já foi um dia. No passado, ela precisava dessa característica. Como hoje não precisa mais, aos poucos, a evolução favorece os indivíduos que não a possuem, de forma que o traço deve desaparecer completamente um dia.

Isso demora, é claro. Assim como características importantes para uma espécie não aparecem durante a noite – como o voo nos pássaros, ou o tronco de um elefante -, são necessários muitos milhares de anos para traços que não são mais essenciais à sobrevivência de um organismo para desaparecer.

Como não há pressão para o gene ou genes reterem tais características, elas vão se “desbotando” ou persistem carregando uma semelhança fraca à sua forma original. Nos seres humanos, exemplos clássicos incluem o apêndice, os dentes do siso e as amígdalas. Não por acaso, a maioria das pessoas acaba tendo que retirá-los artificialmente.

Certos comportamentos também podem ser considerados vestigiais, como o reflexo de preensão palmar e nossas aversões instintivas a insetos e cobras.

Traços imperfeitos
Como nossa forma fisiológica atual é derivada dos nossos antepassados, dificilmente podemos ser considerados uma espécie ideal; há muitas falhas no corpo humano. A garganta (faringe), por exemplo, serve como um canal tanto para alimentos quanto para a passagem de ar. Nos homens, a uretra tanto ajuda a mover a urina da bexiga quanto transporta o esperma para o pênis. Depois, há a nossa incapacidade de sintetizar naturalmente vitamina C e o canal de nascimento extremamente estreito nas mulheres, que causa mortes durante partos.

Isso ocorre porque a evolução não se preocupa com perfeição. Adaptações simplesmente precisam ser boas o suficiente, não 100% eficientes. Além do mais, a evolução não pode começar do zero; cada espécie tem de ser “trabalhada” a partir de sua forma anterior, o que muitas vezes pode levar a características estranhas ou problemáticas.

Desenvolvimento embrionário inicial
Peixe; anfíbio; réptil; ave; mamífero

Os embriões de humanos e outros animais muitas vezes apresentam características físicas semelhantes em determinadas fases. Isso porque compartilham genes antigos.

Esses genes são expressos durante uma “fase filotípica” intermédia do desenvolvimento embrionário em todas as espécies. Como resultado, embriões de humanos, peixes e outras espécies às vezes compartilham características, tais como caudas.

Estes genes antigos datam da origem das células. As descobertas ajudam a explicar por que os nossos embriões retêm características vistas nos estágios de desenvolvimento de outras espécies. Normalmente, as semelhanças são mais acentuadas em espécies mais estreitamente relacionadas.

Evolução a curto prazo
Enquanto a evolução pode demorar milhares de anos para ocorrer, é um mito que ela exige prazos muito longos para ser observada por humanos. Em certos casos, mudanças ambientais acontecem tão de repente que certas espécies são forçadas a adaptar-se rapidamente às novas condições.

Um exemplo clássico é a mariposa Biston betularia, um organismo que evoluiu para predominar uma variação de cor como consequência da Revolução Industrial. Antes deste período, essas mariposas apareciam tanto nas cores brancas como pretas. Devido à poluição por fuligem das fábricas, as brancas começaram a ter dificuldade em se misturar à paisagem e eram alvos mais fáceis de predadores. O resultado foi um aumento nas mariposas pretas e uma diminuição dramática das brancas.

O geneticista Sewall Wright, da Universidade de Wisconsin, nos EUA, se referiu a esse fenômeno como “o caso mais claro em que foi realmente observado um processo evolutivo visível”.
Mas há outros exemplos. Nossa guerra contra as bactérias está produzindo rapidamente cepas altamente resistentes, levando a temores de uma era pós-antibiótica. Da mesma forma, muitos animais estão se adaptando a pesticidas, incluindo moscas-de-fruta e até mesmo ratos. Em um exemplo notável, o besouro-da-batata evoluiu para resistir a 52 compostos diferentes que pertencem a todas as principais classes de inseticidas.

Evolução simulada
Outra maneira de testemunhar a evolução é simulá-la. Os biólogos evolucionários têm feito isso há anos, usando computadores para criar populações virtuais submetidas a todos os tipos de pressões ambientais.

A beleza destas simulações, além de demonstrar que a seleção natural realmente funciona ao simular mudanças que já aconteceram, é que os cientistas podem executar cenários em altas velocidades para observar grandes mudanças em escalas de tempo longas, reproduzindo diversas vezes resultados mensuráveis consistentes.

Por exemplo, os biólogos evolucionistas usaram simulações de computador para mostrar a ligação entre o surgimento das avós e maiores expectativas de vida humanas. Simulações mostraram também que extinções em massa podem acelerar a evolução.

Via HipeScience / BUD

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