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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

10 maneiras incríveis com as quais pessoas lidaram com a morte através da história

Quando confrontadas com a morte, a maioria das pessoas reage com medo. Mas, é claro, a situação pode ser tão inesperada que um número de respostas é possível. Alguns podem ter um estranho senso de calma, e outros podem decidir de que maneira querem ser lembrados. Confira histórias incríveis sobre o momento em que diversos personagens tiveram que encarar a morte:


10. Michel Ney
Ney foi um dos principais generais da França durante as Guerras Napoleônicas. Na verdade, o próprio Napoleão deu-lhe o apelido de “Le Brave des Braves” (“o mais bravo dos bravos”). Depois que Napoleão escapou da prisão, Ney foi enviado para prendê-lo. Em vez disso, ele traiu o governo monarquista e se voltou a seu antigo imperador a tempo para a sua derrota final em Waterloo. Então, quando foi capturado, certamente seria executado por um pelotão de fuzilamento. Esta notícia, aparentemente, fez precisamente diferença zero a Ney, que não se abalou com o anúncio. Quando o dia de sua execução chegou, foi-lhe oferecido um único último pedido. Ney pediu para comandar seu próprio pelotão de fuzilamento. A última coisa que ele fez foi pedir a um grupo de soldados para atirar na sua cara. 

9. Edward “Teddy” Sheean
Durante a Segunda Guerra Mundial, Edward “Teddy” Sheean, um marinheiro australiano, estava no barco HMAS Armidale quando este foi atacado por japoneses. Depois que o navio foi torpedeado e começou a se encher de água, Teddy passou a ajudar seus companheiros a fugir. Enquanto liberava um bote salva-vidas, ele foi atingido por estilhaços. Em vez de saltar para o bote salva-vidas que ele literalmente acabava de disponibilizar, Teddy ficou muito zangado. Arrastando seu corpo ferido a uma arma antiaérea próxima, ele começou a disparar contra os aviões de ataque, abatendo vários deles no processo. A pura determinação de Teddy é o mais notável de sua façanha. Marinheiros que escaparam de Armidale se lembram de ter visto balas emergentes da água conforme escapavam. Teddy ainda estava atirando conforme era arrastado para debaixo de água, e provavelmente ainda puxava o gatilho quando se afogou. 

8. Saito Muashibo Benkei
Saito Muashibo Benkei foi um monge guerreiro do Japão lembrado por um dos feitos mais impressionantes da história militar. Benkai era amigo de um homem chamado Yoshitsune, que ele havia prometido defender com sua vida. Quando Yoshitsune pediu a Benkai para distrair qualquer um que se aproximasse a fim de que ele cometesse seppuku (suicídio honroso), o monge mais do que viveu para cumprir sua promessa. Benkai teve que adiar um exército todo, o que fez através do abate de onda após onda de soldados estúpidos o suficiente para chegar a seu alcance. O fato de que Benkai era um gigante para a época (cerca de dois metros) e usava uma naginata (uma espada em uma vara) o ajudou a matar muitos oponentes. Depois de perder muitos atacantes, o exército inimigo decidiu simplesmente atirar flechas venenosas a Benkai. Ele nem sequer pestanejou. Seus adversários assistiram com admiração conforme o monge ficou perfeitamente imóvel enquanto dezenas de flechas lhe atingiam. Não foi até que alguém teve coragem de chegar perto de seu corpo que eles perceberam que Benkai havia morrido dos ferimentos das flechas, mas elas inadvertidamente haviam segurado seu corpo no lugar, dando a seus oponentes a ilusão de que ele ainda estava de pé. Isso permitiu que Yoshitsune cometesse seppuku em paz. 

7. Wladyslaw Raginis
Durante a invasão alemã da Polônia em 1939, um jovem oficial chamado Wladyslaw Raginis se viu comandando 700 poloneses diretamente no caminho de cerca de 42 mil alemães. Para levantar o moral de seus homens, Raginis declarou que nunca iria deixar seu cargo vivo. Após três dias de intensos combates, os alemães emitiram um ultimato aos soldados gravemente feridos: rendição, ou estilhaçamento pelas 300 toneladas de equipamento de guerra apontadas diretamente para seu bunker. Raginis, percebendo que seus homens estavam enfrentando uma morte quase certa, ordenou que todos se rendessem. Depois que o último homem tinha saído do bunker, Raginis se jogou em cima de uma granada, se matando, selando a entrada e cumprindo sua palavra de que nunca sairia vivo.

6. Constantino XI Paleólogo
Constantino XI Paleólogo foi o último imperador bizantino da história. Ele morreu de uma maneira que nenhum de seus antecessores chegou perto de igualar: como soldado, não como imperador. Durante a queda final da Constantinopla, Constantino e seus homens estavam irremediavelmente desfalcados e enfrentando a morte quase certa. Para garantir que seu inimigo nunca encontrasse seu corpo e que estivesse indistinguível de seus homens, o imperador tirou sua vestimenta real. Nenhuma fonte credível existe sobre o que aconteceu depois disso: alguns contos dizem que ele escapou, outros que foi morto, e outros ainda afirmam que ele levou metade do exército inimigo com ele. No entanto, é comumente aceito que Constantino morreu e foi enterrado ao lado de seus soldados, tendo decidido enfrentar sua morte como um homem comum. 

5. Gurmukh Singh
Em 1897, Gurmukh Singh estava servindo no regimento Sikh no exército britânico quando ele e 20 de seus companheiros fizeram uma última batalha épica contra uma enorme força afegã. Singh detém a distinção de ser tanto a pessoa que transmitiu toda a batalha a seus superiores quanto o último homem a morrer. Durante a luta, no que é hoje o Paquistão moderno, Singh e seus companheiros estavam combatendo 500 homens cada um. Enquanto seus companheiros lutaram mais de perto, Singh atirava em quantos inimigos podia com seu rifle, ao mesmo tempo em que usava um dispositivo de espelho chamado helioscópio para alertar os fortes mais próximos da situação. Muitas das mensagens de Singh eram, basicamente, pedidos de permissão para parar a sinalização e ir lutar. Depois que o resto do Sikhs jazia morto, a força de ataque já tinha se cansado e optou por simplesmente queimar Singh em sua torre. Embora ninguém saiba exatamente o que aconteceu a seguir, é comumente aceito que Singh matou pelo menos 20 inimigos enquanto berrava o grito de guerra Sikh de “Bole So Nihal, Sat Sri Akal” – é dito que esta informação veio diretamente dos afegãos, então há boas chances de ser verdade. 

4. Jan van Speyk
Jan van Speyk (às vezes soletrado “Speijk”) era tenente da marinha holandesa durante o conflito com a Bélgica, que estava lutando por sua independência. Certa vez, o navio de Speyk acidentalmente alcançou águas belgas. Speyk supostamente odiava o movimento de independência e tinha jurado que nunca iria perder seu barco. Então, quando o inimigo invadiu seu navio e ordenou que Speyk abaixasse a bandeira holandesa, a história dita que ele olhou seus atacantes nos olhos e respondeu calmamente: “Eu prefiro explodir”, antes de atirar um barril de pólvora nas proximidades, matando instantaneamente todos a bordo. Outras fontes afirmam que Speyk explodiu o barco com um charuto aceso. Obviamente, isso só tornaria a história mais legal. 

3. Giles Corey
Giles Corey morava em Salem, Massachusetts (EUA), durante os julgamentos de bruxas – você provavelmente já pode ver onde isso vai dar. Quando a esposa de Corey foi acusada de bruxaria, ele cometeu o erro de dizer que os acusadores estavam sendo estúpidos. Em resposta, Giles também foi acusado de ser um bruxo, porque, se alguém na cidade era um bruxo poderoso, era claramente o fazendeiro de 80 anos. Eles pediram a Giles para se declarar culpado ou não culpado, mas o fazendeiro se recusou. Este era a melhor tática possível, pois naqueles dias uma pessoa não podia ser julgada e/ou sua propriedade apoderada se não declarasse sua culpa (ou inocência). No entanto, a cidade de Salem tinha um método exclusivo para resolver esse contratempo: prensagem. Basicamente, o acusado era deitado no chão, uma placa de madeira era colocada em seu peito, e pedras pesadas eram postas sobre ela pouco a pouco até que a pessoa confessasse. Depois de várias horas com pedras esmagando seu peito e órgãos, Giles foi convidado a se defender. Sua resposta? “Mais peso”. Isso continuou por mais e mais horas. Alguns dizem que o pedido por mais peso era para acabar com sua dor mais rapidamente. Ao fim de dois dias, Giles acabou sucumbindo aos ferimentos e morreu. Se as pessoas não pensavam que ele era um bruxo antes disso, quase certamente pensavam depois. De que outra forma você explica um homem de 80 anos de idade sendo capaz de sobreviver ao esmagamento por dois dias seguidos?

2. Maria Antonieta
Quando Maria Antonieta morreu, ela estava determinada a ir incorporando a classe, tato e elegância associados com a sua posição. Esta determinação foi caracterizada por suas últimas palavras. Elas não foram de raiva ou de uma maldição contra as almas de todos que estavam assistindo, mas sim um simples pedido de desculpas ao carrasco, a quem Antonieta tinha acabado de ofender por pisar em seu pé.

1. Benjamin Guggenheim
Benjamin Guggenheim era um dos passageiros do Titanic. À medida que o barco estava afundando, Guggenheim e seu criado, Victor Giglio, imediatamente começaram a ajudar o maior número de mulheres e crianças que podiam em botes salva-vidas. No entanto, após cerca de uma hora, a tripulação do barco percebeu que eles haviam desaparecido. Alguns minutos depois, Benjamin e Giglio surgiram no convés, sem colete salva-vidas, usando seus melhores trajes de gala. Quando perguntado por que ele havia trocado de roupa, Guggenheim simplesmente respondeu que queria morrer como um cavalheiro e pediu a alguém para mandar uma mensagem para sua esposa. No filme Titanic, ele é interpretado pela única pessoa que bebe conhaque no convés enquanto o navio lentamente afunda. Bem, acredite ou não, Guggenheim realmente fez isso. Exceto que o da vida real era ainda mais impressionante do que seu colega ficcional, que simplesmente pede o conhaque e vai embora sem ajudar ninguém. Na vida real, ele salvou dezenas de vidas primeiro, e de fato morreu como um cavalheiro.

Bônus: Tim Lopes
Não sabemos como Tim Lopes reagiu no momento exato de sua morte, mas esse brasileiro merece uma menção honrosa porque, como outros personagens dessa lista, demonstrou muita coragem mesmo encarando uma possível morte. O jornalista levava seu trabalho investigativo a sério: uma de suas primeiras reportagens relatava as precárias condições de trabalho dos operários na construção do metrô do Rio e, para produzi-la, Tim trabalhou como peão na própria obra. Entre outras façanhas, fez uma série de reportagens que promoviam o encontro de familiares de vítimas com assassinos presos, e internou-se por dois meses em uma clínica para dependentes químicos para realizar uma matéria sobre o assunto.

No dia 2 de junho de 2002, Tim Lopes foi até a favela Vila Cruzeiro, no bairro do Complexo do Alemão, subúrbio do Rio de Janeiro, com uma microcâmera escondida para gravar imagens de um baile funk promovido por traficantes de drogas. Ele havia recebido uma denúncia dos moradores da favela de que no baile acontecia a exploração sexual de adolescentes e a venda de drogas. Também queria verificar a informação de que os traficantes construíram um parque infantil numa via de acesso à comunidade para dificultar a ação da polícia, e que desfilavam armados de fuzis. O que ocorreu a seguir não é certo: uns acham que ele foi descoberto e sua morte foi uma vingança por uma reportagem sua feita anteriormente sobre a venda de drogas no morro, que levou a prisão de vários traficantes, e outros pensam que Tim foi confundido com um policial ou um informante da polícia. Seja como for, ele demonstrou bravura até o final: enquanto outros colegas abandonaram o trabalho por medo das ameaças, ele seguiu fazendo o que achava correto até o último de seus dias, levando informação às massas e ajudando a se cumprir a lei.

Fonte: Nada Certo

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